Com a fumaça de seu cigarro aceso,
Fita ao longe com desapego
Esboçando em guardanapo manchado de gim
A solidão que invade seu peito.
Tentando fazer de suas memórias poemas,
Sua verdade faz do resto mentira
E ele só deseja dizer da vida felicidade,
Mas como solitário trovador que é
A dor de um grande amor descreve desolado.
Triste poeta amargurado!
Que conheceu em certos dias,
A felicidade de ser amado
Deferiu mentiras, magoou e foi magoado
Ele é do mundo.
Um Mersault disfarçado!
Passeia pela vida, liberdade é seu prènom
Mas recorda com olhos marejados: « Liberdade é o ultimo recurso De quem não tem nada a perder »
Sina de quem descreve a dor que deveras sente Que possui em si a alma do desamor
Abre seu peito poeta!
E me ensina novamente a caminhar (sem os pés no chão).
Tassiana Frank