CENSURA

(Luiz Cláudio Jubilato – seguindo o Boca do Inferno – amordaçado?)

o sentido dessa palavra me causa calafrios
o uso me causa arrepios
o censor me causa nojo
o censor é o murro esbanjando burrice
o censor é um ser que se crê iluminado?
como um censor se sente no direito de me calar?
como um censor se acha no direito de me cegar?
como um censor quer me dizer o que devo ou não fazer?
quem proíbe gosta de ser enganado – desgraçado

 quinta-feira, 27 de setembro de 2018

BRASIL MUITO MAL EDUCADO

(O BOCA DO INFERNO – DIRETO DO FUNDO DO POÇO)

Quando cremos que a classe política já chegou ao fundo do poço, ela resolve sair da tumba para nos assombrar. A última do PLANO ALTO vem do MINISTÉRIO DA DESEDUCAÇÃO. Eu disse várias vezes que há que se TEMER um desgoverno que pretende mostrar serviço, para se perpetuar no poder às claras, pois sempre o teve nas sombras. Nosso egrégio ministro (sinistro) da educação, junto com seus “burrocratas”, resolveu parir um “monstrengo” a que chama de reforma educacional.
Cada vez que um “sábio” do PLANO ALTO resolve meter o bedelho na educação, sem nunca ter entrado numa sala de aula, dá no que dá. Já amargamos os últimos lugares no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Neste ano, amargamos índices pífios na tentativa de fazer melhorar nos índices de avaliação interna. Marcamos passo em algumas áreas, mas recuamos em outras tantas. Caminhamos céleres e solitários em direção ao último lugar em qualquer avaliação internacional. Eu não vou detalhar o “projeto”, porque faltaria espaço. Informem-se sobre ele, discutam-no sob vários pontos de vista, não se deixem enganar por propagandas. Esse troço mexerá com a sua vida, com o futuro do seu filho. É como dor de barriga, um dia você terá uma.

 quinta-feira, 27 de setembro de 2018

RADICALIZAÇÃO INTERESSA A QUEM?

(O Boca do Inferno direto da boca desdentada da urna)

Eleger um inimigo externo sempre foi uma estratégia repisada para tirar o foco do que interessa, além disso aguça o sentimento patriótico (vide 1984 de George Orwell). Usar factoides é outra estratégia batida. Lula, Dilma e Termer aprenderam o expediente com Maluf e César Maia.
Em tempos de redes sociais, nas quais uma grande maioria se enreda, quem lucra com isso é quem melhor souber se valer da cegueira. Vale como nunca desqualificar o adversário. Se o candidato não tem como apresentar propostas exequíveis, desqualifique-o: assim fez Trump. Outra estratégia é dividir as ideologias entre esquerda e direita.
Essa divisão é proposital, beneficia principalmente ao PT e a Bolsonaro. Bolsonaro é esperto, encarnou o anti-PT, como uma vestal. Assanhou o eleitorado, como fez o “Lulinha Paz e Amor”.
Na verdade, há uma luta entre o voto anti-PT e o anti-Bolsonaro. Não há santo que faça com que seguidores de um e de outro discutam política partidária. Nada de propostas, só ofensas. Burrice crônica. O PSDB, nesta história, está fora da disputa: o muro ficou largo demais.
Não crescemos como país nestas eleições, não crescemos como cidadãos. Se o voto fosse facultativo (deveria ser – voto obrigatório é resquício da ditadura militar) teríamos urnas vazias.
Depois dos fatos lamentáveis, que vêm ocorrendo neste pré-pleito, diria que o seu voto será um voto de risco, risco à sua integridade física.
No entanto, precisamos estar presentes: quatro anos é muito tempo para entregar nossas galinhas à vigilância da raposa.
O voto de manada representa a falta da cultura da discussão política. Pergunto: você já entrou no site da Transparência Brasil? Já entrou no site do Museu da Corrupção? Em eleição, ninguém é inocente e o que parece novo é, na verdade, a vanguarda do atraso.
“No tempo da ditadura, o país era melhor”. Ao invés de repetir essa frase como papagaio ou defender “o que ouviu falar”, estude. O movimento da “escola sem partido” é um engodo, ele tem partido: ninguém neste mundo é imparcial.
No governo FHC, o presidente fez um projeto de privatização em um mundo em crise e vendeu a Vale do Rio Doce, a CSN, a Usiminas a preço de banana com juros a fundo perdido.
Nos anos 70 e 80, todo mundo que não aceitava as regras do sistema era chamado de comunista. Todo mundo que era conservador era chamado de direitista. Ao apelido “esquerdopata” poderemos contrapor “direitopata”. Esse é mais um expediente para evitar discussões políticas reais. Você já se perguntou a quem interessa isso? A quem interessa o voto “útil”, o voto “inseticida”? O voto de “protesto”? São os votos mais burros que existem. São o voto do não votar. Olhe o buraco onde estamos?
Ninguém é inocente. Só Aécio, diz o STF. Assim “Vou-me embora pra Pasárgada”.

 quinta-feira, 27 de setembro de 2018