A POLÍTICA DO BATE, BATE, BATE / CANDIDATO QUE JÁ BATEU / QUEM GOSTA DE PROMESSA É ELE / QUEM NÃO VOTA NELE SOU EU.

(O BOCA DO INFERNO – DIRETO DO BURACO DE RIBEIRÃO PRETO)

Senhores candidatos a prefeito de Ribeirão Preto:

Não estou aqui para defender partido político nenhum. Estou aqui para cobrar. Exercendo meu poder inalienável de eleitor.
Quero apenas fazer algumas contatações. Todo candidato faz propaganda dizendo que representa as mudanças. Então, por que os senhores não mudam velhos hábitos politiqueiros? Um dos senhores afirma na sua propaganda que mudança é trazer algo novo. Não me diga?

Os senhores apresentaram tantas provas um contra o outro que sou obrigado a crer que ambos estão corretos. Ambos não perdem tempo ao afirmar que Ribeirão Preto está mergulhada na lama. Além da metáfora desgastada, ambos contribuem com o estrume para engrossá-la todos os dias, afirmando que quem ataca é o outro.
A agressão continua nos “debates”, se é que podemos chamar trocas de acusações de debates, talvez “dê porradas”. Beijar senhoras, levantar criancinhas é o velho cacoete de fazer politicagem. Mas, não representam “mudanças?” Nenhum dos dois apresenta propostas viáveis para melhorar a cidade seguidas de propostas sobre de onde sairá o dinheirão que as viabilizá-las.

Esse povo trabalhador, como afirma um dos candidatos, merece respeito. Respeito mesmo, respeito à nossa inteligência. Posar de vítima durante a propaganda eleitoral é ofender a nossa inteligência. Nenhum dos dois é inocente.

Se eu posso me sentar à frente do governador e do presidente para trazer uma série de coisas importantes para Ribeirão Preto, por que não o fez antes? Se eu sou capaz de denunciar falcatruas, atacar a gestão, por que não protocolar, com provas concretas, denúncias na polícia? Roubo comprovado é caso de polícia.

Senhores candidatos, a rejeição aos senhores é muito maior do que a confiança nos seus “projetos”. Essa cidade pode bater o recorde de votos, nulos, brancos e abstenções da história. Não sei, se se deram conta disso!

O desafio dos senhores é mudar esse discurso viciado de que o eleitor tem que votar, porque precisa ter compromisso com o futuro da sua cidade. Perceberam? Não funcionou? Não funciona pois, para o eleitor, tanto faz quem ganhar. Nenhum dos dois representa nada de novo. Ninguém acredita em nada.

 sexta-feira, 21 de outubro de 2016