FAKE NEWS
(O BOCA DO INFERNO – na era da pós verdade)
Assustadora a quantidade de pessoas fugindo das redes sociais, justificando que não suportam as patrulhas ideológicas, grupos organizados criados para intimidá-las com constantes ofensas que matam qualquer discussão política.
A polícia, auxiliada por veículos de comunicação, está trabalhando intensamente para identificar esses grupos responsáveis, inclusive, por espalhar as Fake News. Não estou falando nenhuma novidade, porém esses grupos se favorecem do fato de serem também fake também.
Para piorar, o leitor brasileiro só lê a manchete do jornal e/ou revista e irresponsavelmente compartilha. Contribui sim com a desinformação.
A grande jogada, então, é colocar uma manchete atrativa, desenvolver um texto medíocre que nada tem a ver com ela, porque sabe que será compartilhada.
Mesmo sabendo disso, muitas pessoas preferem se retirar. Poderiam contribuir com a “discussão”, mas preferem outros meios. Isso é muito perigoso. Disse Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”.
Não há proposição e defesa de ideias, apenas xingamento, fanatismo, intransigência e o comentário do comentário.
Mas, não é para intimidar pessoas que esses grupos foram criados? A jogada não é expulsar discordantes para falarem sozinhas? Não é construir a ditadura na internet?
Propositalmente, essas patrulhas estimulam a confusão entre política e politicagem, política partidária e política de siglas, praticam a “denúncia pela denúncia”, criam cortinas de fumaça para esconder as “propostas” absurdas dos candidatos que defendem.
A defesa apaixonada de ideias faz parte da política partidária e da política de siglas. Nunca estivemos tão perto do joguete que os gregos legaram ao mundo e o chamaram de democracia. Não seria democratura?
Depois do que ouvi: “Vou votar no caos, afinal esse país só muda, se morrer gente”, resolvi permanecer nas redes sociais. Há candidatos rasgando a Constituição.