O MUNDO PODE SER FEITO, REFEITO, DESFEITO por um homem como Gabriel Garcia (universo) Marques.
(Prof.: LUIZ CLÁUDIO JUBILATO – 18/03/2014)
No final dos seus 87 anos, Gabo já não carregava as MEMÓRIAS DE SUAS PUTAS TRISTES consigo. Não se lembrava de seu intenso AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA. Na sua demência, com os olhos no nada, já experimentava CEM ANOS DE SOLIDÃO. Triste vê-lo débil, perdido em si mesmo, no seu mundo sem passado, presente ou futuro. Era A CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA. Gabo presenciou, na sua longa amizade com Fidel, primeiro O GENERAL NO SEU LABIRINTO, depois mais velho e menos idealista O OUTONO DO PATRIARCA. O realismo perde um tradutor fantástico. Tentam enquadrá-lo num rótulo literário. A Gabriel Garcia Marques, só podemos atribuir um único e genuíno rótulo: GÊNIO. E dizem que ele morreu. Quem disse? Não sabe que Gabo é desses seres humanos especiais que não morrem jamais. Vão cremá-lo. Pena que suas cinzas não podem ser espalhadas para adubar o mundo.