Mesa redonda discute mudanças no vestibular

Especialistas comentaram modificações das provas. Língua Portuguesa ainda é a disciplina mais cobrada. O exame da Unicamp é o que tem mais mudanças, principalmente na redação, com três textos obrigatórios. Cerca de 900 estudantes participaram

  • quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Para proporcionar mais esclarecimentos aos vestibulandos sobre as recentes mudanças nos vestibulares, o Criar – Sistema de Ensino de Língua Portuguesa, realizou no dia 25 de agosto, a III Mesa Redonda sobre Vestibulares, com a presença de professores representantes dos exames da Fuvest (USP), Unicamp, Unesp e PUC Campinas, os principais do País.A mesa debateu vários pontos das provas e os professores alertaram os alunos com dicas essenciais para quem tem que enfrentar o vestibular. Um fato ficou claro para a plateia, as universidades estão atrás de alunos mais críticos e aptos para o aprendizado. “As mudanças aperfeiçoaram os exames e vão ajudar a selecionar os melhores candidatos, pois desejamos alunos com capacidade de aprender”, diz Adalgisa Andrade, professora e coordenadora do Departamento de Química da USP, Ribeirão Preto.

As mudanças também fazem parte da proposta do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que propõe erradicar o “decoreba” e o aluno condicionado, em busca de alunos mais críticos e que saibam refletir as disciplinas estudadas no Ensino Médio.

O vestibular da Unicamp, por exemplo, será composto por três propostas distintas de textos, com três gêneros que avaliam a leitura, compreensão e poder de argumentação, ou seja, quer saber quem sabe expressar suas ideias. Para isso, os especialistas recomendaram o hábito de ler e escrever, na opinião deles, o mais indicado para o vestibulando. “Leitura e escrita são fundamentais para o candidato, na vida acadêmica e profissional, seja qual for o curso escolhido”, explica Carlos Alberto Santos Cruz, professor da Faculdade de Odontologia da Unesp de Araraquara e divulgador da Vunesp.

Os professores participantes da mesa redonda deram dicas para o vestibular – um mito que assombra milhões de jovens no Brasil. Segundo eles, vale o estudante investir na leitura de diferentes gêneros, praticar redação, fazer revisão de todo o conteúdo estudado no Ensino Médio, refazer provas anteriores da universidade escolhida e explorar os conhecimentos dos professores.

Para a coordenadora da Comvest, da Unicamp, Meirielen Salviano Almeida, para escrever é preciso antes responder a três perguntas: qual o gênero, para qual leitor está escrevendo e quais as características que o texto deve ter.

Já na PUC Campinas, as mudanças não são muitas, Maria Nice Duarte Martins, Coordenadora de Ingresso Discente da universidade, afirma que será realizada prova geral e redação; três temas são apresentados e apenas um é escolhido. Além de provas práticas para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Direito e Medicina.

O mantenedor do Criar, Luiz Claudio Jubilato, mediador do debate, também comentou sobre o ENEM. Na ótica dele, o exame é uma boa ideia não aproveitada, que não é colocada em prática de maneira correta. Na opinião dele, vestibular não é para aluno ‘adestrado’ “e sim para o aluno que sabe pensar”. O professor também abriu espaço para os alunos participarem da discussão, o que fomentou o debate. Cerca de 900 estudantes de várias escolas públicas e particulares de Ribeirão e de cidades como Franca, São Joaquim da Barra, Ituverava, Orlândia, São Carlos puderam tirar suas dúvidas com os professores.

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