Preconceito racial é tema de debate no Criar
Discussão aconteceu na unidade do Criar Ribeirão Preto no dia 26 de março. Teve como debatedores os jornalistas Guilherme Nali e João Carlos Borda. Mais de 100 alunos participaram. O tema foi escolhido para iniciar a série de debates, que vai reunirá assuntos que podem cair em provas de redação ou nas questões propostas nos principais vestibulares do país
Nesta última quarta-feira (26), os jornalistas de Ribeirão Preto, Guilherme Nali e João Carlos Borda, participaram do primeiro “Debate para Vestibulandos”, promovido pelo Criar Língua Portuguesa e Redação. Essa primeira atividade faz parte de um cronograma especial: serão diversos debates, palestras, mesas redondas abordando temas importantesdurante todo o ano letivo. Mais de 100 alunos compareceram ao evento, cujo tema, em debate, foi “Preconceito Racial”. O professor Lucas Paris mediou a discussão.
O objetivo de atividades extras do Criar, como essa, é estimular os estudantes a terem visões diferentes sobre temas atuais, geralmente polêmicos, que podem fazer parte das coletâneas de textos ou questões propostas nos principais vestibulares do país. A direção do Criar defende que essa é uma excelente forma de o candidato adquirir repertório cultural e aprender a formular argumentos próprios para desenvolver redações criativas nos exames.
O debate abordou pontos de vistas diferentes no que se refere ao tema central “Preconceito racial."Mesmo que as pessoas sejam comunicativas, estabeleçam relacionamentos isso não significa que não há preconceito entre as raças", mostrou o professor Lucas Paris. Segundo ele, o preconceito já começa na segregação espacial. “Os próprios bairros nas cidades são diferenciados por raças.Isso já é um preconceito, de certa forma”, complementou o jornalista João Carlos Borda.
Os movimentos apelidados de “rolezinhos nos shoppings” – que a cada dia ganham destaque nos noticiários brasileiros devido a supostos delitos cometidos pelos participantes – também foram alvo dos debatedores. “O Brasil, sem se dar conta, vive sim um verdadeiro apartheid social, em que poucos têm acesso a todos os bens de consumo e uma grande maioria, não. Aí está a imagem estereotipada do movimento”, acrescentou Borda. “Se pararmos para analisar o comportamento da sociedade brasileira, em termos de manifestações e agitações políticas, levando em conta esse teor de fascismo que elas têm, é possível detectar que o brasileiro não está acostumado a promover mudanças e, principalmente, a lidar com a sua liberdade de expressão”, disse Guilherme Nali.
“Somos preconceituosos sim”
Qual o motivo de ainda existir preconceito no Brasil, lembrando que é um país tão permissivo? A questão foi levantada pelos alunos durante o debate. Para o jornalista Guilherme Nali, é necessário lembrar que a democracia brasileira, no sentido de entender o outro como igual, é nova. “Achamos que os brancos são o centro do mundo, tal como os europeus sempre foram. Mas se fizermos uma análise do nosso comportamento, somos preconceituosos sim”, acrescentou.
Debate para Vestibulandos
Os debates do Criar têm, como proposta, incentivar o aluno a exercitar a reflexão sobre diversos assuntos, de forma a desenvolver redações criativas e com bons argumentos. “Esse é um padrão mantido pelo Criar sempre surtiu excelentes resultados nos vestibulares. Nesta última temporada de vestibulares, 53 alunos do Criar obtiveram notas máximas em redações dos mais disputados vestibulares e na prova do Enem – nossos alunos formar alunos diferenciados, têm grande repertório argumentativo”, explica o professor Luiz Cláudio Jubilato, diretor do Criar.