Criar preparou seus alunos para o Enem 2007

  • domingo, 26 de agosto de 2007

Durante dois dias, o Criar promoveu um ciclo de palestras com dicas sobre o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. O professor Marcelo D’Aurea analisou as questões das provas de 2000 a 2006 e reuniu dicas para mostrar aos alunos que a prova é previsível. Essas dicas foram apresentadas em Franca e Ribeirão Preto, nos dias 15 e 16 de agosto, respectivamente. Mais de 200 alunos do Criar e convidados participaram das palestras, consideradas um sucesso.

A prova do Enem foi realizada no domingo, 26/08, como objetivo avaliar as habilidades assimiladas pelos jovens durante a vida escolar. É por esse motivo que o Inep não recomenda que os estudantes se preparem antecipadamente. Por outro lado, uma pesquisa realizada pelos professores do Criar, Luiz Cláudio Jubilato e Marcelo D’Áurea Machado, comprova que é possível o estudante se preparar para conseguir uma boa colocação no exame.

Em 2007, os resultados do exame confirmaram, mais uma vez, essa afirmativa. “Avaliamos as provas desde 1999 e conseguimos identificar pontos semelhantes. Os conceitos são basicamente os mesmos, com pequenas modificações, ano a ano”, afirma Jubilato.

A nota do Enem é utilizada como modalidade alternativa ou complementar aos processos seletivos de ensino superior.

Veja abaixo, comentários do Professor Luiz Cláudio Jubilato:

A PROVA DO ENEM 2007 NÃO FOGE À REGRA

Como era de se esperar, a banca do ENEM não decepcionou. Cobrou as 21 habilidades do candidato, subdividindo-as em 3 questões por habilidade. Para fazer a prova, realmente não era necessário conhecer os conteúdos das disciplinas porque a prova oferecida subsídios suficientes para que o candidato pudesse resolver as questões, contudo, se o aluno tiver uma boa cultura geral, sua tarefa fica menos árdua.

Os alunos de Ribeirão Preto e região, que acompanham toda a discussão sobre o plantio da cana e a proliferação de usinas de álcool, teriam maior facilidade em desenvolver raciocínios nas diversas questões (6 a 11). Os que acompanham bem as aulas de literatura, conseguiriam discutir melhor as diversas questões sobre leitura (3 e 4, 15 e 16)

Nas questões em que há interpretação de gráficos ou números, as opções oferecidas não continham as famigeradas “pegadinhas” e as que discutiam cultura geral, história, geopolítica ou literatura, a banca oferecia conhecimentos adicionais para que o aluno construísse uma boa redação. A redação, inclusive, trouxe uma proposta bastante atual, sobre um tema extremamente discutido.

A redação tinha como tema O DESAFIO DE SE CONVIVER COM A DIFERENÇA, discussão tanto antropológica quanto filosófica e sociológica, levando-se em consideração que nossa sociedade tem extrema dificuldade em conviver com as diferenças étnicas, religiosas, sexuais, culturais… A coletânea oferecida pela prova trouxe uma gravura com pessoas de diversas idades e etnias, duas letras de música, Ninguém = Ninguém, dos Engenheiros do Hawaii, e Uns iguais aos outros, dos Titãs, além de um excerto extraído da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

As questões 1, 2, 3, 4, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 ofereciam vários textos motivadores para o candidato construir o seu texto. Possibilitavam a ele, inclusive, fugir ao senso comum. O aluno não poderia se esquecer de que a banca propunha, nas instruções, que ele oferece propostas (sugestões) para tornar mais tolerável a aceitação das diferenças e a melhor convivência com elas. Como afirmamos em nossas aulas e dicas, todas propostas a serem feitas deveriam ser subdividas em: individual, coletiva e governamental.

No primeiro parágrafo, é fundamental fazer uma síntese das diferenças para, em seguida, oferecer o motivo pelo qual a convivência com as diferenças é tão difícil. No segundo parágrafo, o autor poderia fazer uma proposta sobre o que cada pessoa pode fazer para diminuir esses conflitos. No terceiro, poderiam, então, ser feitas algumas propostas para o que a sociedade poderia fazer. No quarto, sobre o que as autoridades das diversas áreas do governo poderiam fazer, para, no quinto e último parágrafo, demonstrar que, apesar das dificuldades, se a pessoa, a sociedade e as autoridades se unirem no sentido de propor soluções, a tolerância com as minorias seria mais fácil, até porque todos nós, numa hora ou noutra, estaremos dentro de uma dessas minorias.