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Viviane Raquel Higa
Criar Campinas

Homem: o câncer da Terra

Como o planeta é constituído por diversos tipos, podemos considerá-los um ser vivo também. Assim, como em outro qualquer, há renovação celular representado pela degradação natural do meio ambiente que ocorre de forma gradual e calculada. No entanto, diante dos avanços tecnológicos e da cobiça do homem, este tornou-se a célula cancerígena que acelera o processo de degradação emitindo poluentes, destruindo a cobertura vegetal e poluindo a água, fonte essencial da vida e componente principal do corpo humano e da Terra. Dessa forma, inicia-se um trabalho entre o planeta e os homens, os quais proliferam células tumorais.

O capitalismo, que investiga o desejo da obtenção de lucro pelos humanos, é responsável pela mutação celular do planeta que desumanizou os seres racionais, transformando-os em máquinas feitas para destruir todos os obstáculos para alcançar o capital, assim passamos a maltratar o mundo por dinheiro. Nesse contexto, caminhamos para as Revoluções Industriais, que formaram as milhares de chaminés industriais emissoras de volumes incalculáveis de gases poluentes. Assim, toda essa poluição aquece o planeta ardente de febre: é o início do agravamento do aquecimento global responsável pela destruição de diversos fauna e flora.

Dessa forma, o planeta derruba lágrimas em forma de chuva que, junto com a poluição, torna-se ácido e ,assim, corrói monumentos antrópicos e destrói biomas aquáticos ao alterar seu ph. Com o desmatamento de florestas causado pelo homem em busca de matéria-prima para gerar capital, o choro parece intensificar-se e, reunindo ambos fatores, nos deparamos com milhares de casos de deslizamentos de casas e assoreamento de rios.

O descaso do homem para com a Terra parece tão grande que ele, sempre em busca da obtenção do maior lucro possível, passou a poluir a essência da vida: a água. Ao derrubar matas ciliares, ele provoca o assoreamento de rios que perdem sua capacidade híbrica; ao jogar toneladas de lixos em aterros sanitários ele polui águas submersas através do chorume liberado nos lixos. Assim, as artérias do planeta se entopem e, como não há lombramento de água por um coração já destruído, suas células, os homens, morrem.

Logo, com a desumanização derivada da mutação gênica causada pelo capitalismo, nos tornamos células cancerígenas, defeituosas e com alto grau de proliferação, da nossa mãe Terra. Então, destrava-se a luta em que se a ganância predominar, muitas lágrimas salgadas escorrerão e não haverá vencedores. Afinal, Terra poderá até se definhar, mas certamente as células cancerígenas morrerão também por não ter onde se proliferar e a última lágrima escorrerá da face do mundo onde predomina o dinheiro.