Como personagens de um "vídeo game", os homossexuais do século XXI encontram-se em uma batalha "sem fim" para alcançarem seu tão almejado prêmio: seus direitos de igualdade na sociedade.

Em um século caracterizado pela tecnologia, diversidade cultural e, acima de tudo, pela juventude, a luta pelo respeito social e liberdade de expressão dos homossexuais torna- se mais receptiva quanto à diversidade em geral, portanto já se observa a conquista de algumas reivindicações, como a participação de homossexuais no exército dos EUA ou a maior aceitação entre pais e filhos sobre o assunto. Desta forma, a maior flexibilidade da sociedade atual funciona como o "bônus" de um jogo, permitindo a continuidade da busca pelo prêmio final.

Porém, para eliminar todos os obstáculos e superar cada nível desta batalha, não basta, apenas, estar inserido em um século de avanços e superações. Atualmente, ainda observa-se um certo limite de liberdade, ou de aceitação dos homossexuais. É o conceito tradicional que pune, excomunga e exonera o homossexualismo, ainda não derrotado pelos personagens deste jogo. Tal visão atrasa as conquistas e dificulta as passagens para que se complete toda esta missão. Em alguns países africanos, por exemplo, a homossexualidade é crime e sujeita à pena de morte. Além disso, a mentalidade tradicional sobre o tema é tão influente que muitos gays soro-positivos não buscam um tratamento para esta doença por medo da discriminação o que atrasa, assim, outra batalha: a cura da AIDS.

Por fim, não há dúvidas de que mesmo em um século repleto de avanços, o olhar preconceituoso e estagnado dos mais tradicionais ainda é muito presente na sociedade. Com isso, os jogadores devem se conscientizar de que a cada nível do jogo, por mais árduo que seja superá-lo, aproxima-se da conquista da liberdade expressão sexual: um vitorioso "game over" ao tradicionalismo.