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Eduardo Pereira Monteiro
Criar Franca

Solidariedade

Vivemos em uma sociedade onde a busca pela sobrevivência restringe nessa condição de solidários. A discrepância dentro de uma comunidade faz-se necessária ao equilíbrio ambiental, uma vez que ratifica a ideal darwinista por meio da ação predatória dos mais capacitados sobre os marginalizados do meio. A nutrição básica para a plena adaptação deste se chama individualismo.

João Romão em " O Cortiço", graças ao seu agocentrismo, consegue acumular capital suficiente de modo a se destacar na sociedade. A exploração a que submete a escrava Bertoleza sustenta o ciclo biológico, uma vez que ela serve de alimento ao seu predador. Se a solidariedade sucumbisse Romão, certamente seria apenas um morador do cortiço, marginalizado pela seleção natural.

Assim como Bertoleza, o Brasil, é um país solidário. Não é à toa, portanto, que a majoritária população brasileira encontra-se na linha da pobreza. Portugal, sem seu instrumento fálico, buscando apenas o prazer próprio, introduziu as capitanias hereditários com seu objetivo mercantilista. Passados 500 anos, ainda somos alvos da exploração de países que aprenderam com João Romão o significado de individualismo e, mesmo assim, somos acomodados como Bertoleza.

A solidariedade é um vírus que contamina o desenvolvimento. O preservativo do individualismo deve ser usado para driblarmos a seleção do meio. Caso contrário, assim como Bertoleza, caminhamos para o suicídio, ao ver que todo o esforço foi para ver o orgasmo do explorador, e quando as forças se esgotam, somos aniquilados pelos mesmos que corromperam o hímen da esperança.

Solidariedade e êxito, nos mais variados âmbitos, têm significados antagônicos. Alguém tem que ser solidário, servindo de alimento, para o equilíbrio ambiental. No sistema capitalista, alguns são fecundados com um bem-estar platônico e os que introduzem se satisfazem com o prazer da exploração. Para sairmos da condição de marginalizados e alcançar algum objetivo, necessitamos de um bom falo, o individualismo, para selecionarmos o meio e introduzirmos o pilar do capitalismo: à competição.