O QUE SERIA NÃO VIVER???

Em seu grau peculiar de entretenimento, há anos, Sandy e Júnior propunham, aos gritos: Vamos pular!!! Vamos pular!!! Vamos pular!!! Até que era um convite interessante, fisicamente saudável em seu sentido literal e até, filosoficamente, animador em sua metáfora. E é por essa segunda razão que, através dessas letras, remexi no baú discográfico da “ex-duplinha” campineira, já que minha intenção é o despertar e convocação dos novos/veteranos vestibulandos 2015. Claro que no caso, provavelmente, saltitar por aí não seja bem o que esperarei dessa nova turma que está chegando. Mas, certamente e, por quê não dizer, NATURALMENTE, espero dinamismo emocional, vontade!!! Serão iniciados nessa semana alguns dos meses mais intensos da trajetória recente de milhões. Intensos em ações, emoções e conceitos (auto e hetero). Sacolejar o esqueleto (até para evitar câimbras) e, principalmente, o cérebro será condição básica para quem deseja construir suas chances, no vestibular, de modo real. Obviamente, sacolejar o cérebro significa algo totalmente fora do sentido e bom estado anatômico/fisiológico (também, sempre fundamental). Acima de tudo, significará a habilidade de, constantemente, fazer vibrar os paradigmas, de modo a evitar o surgimento de anciões e anciãs conceituais, até divertidos(as), mas fora de hora. As verdades prontas e absolutas deverão ser substituídas por construções “conteudistas” e ideológicas atentas, analíticas, raciocinadas. Em outra expressão, a conduta deverá ser conduzida, autenticamente, por humildade. Lembrando que humilde não é o coitadinho de dar dó. Não…Humilde é o consciente. Portanto, é essencial evitar a inconsciência do automatismo, seja ele de qualquer natureza. Automatismo que flerta com outro conceito impróprio para essa ocasião: imediatismo. Não são possíveis escaladas, íngremes ou não, em um só fôlego. Sabemos que a respiração adequada, necessariamente, é base para contemplação de si e de tudo, com consequente evolução. Frisemos que saudade de pessoas ou de períodos pretéritos não deve significar sofrimento pela vivência do presente. Pois, histórias e pessoas nelas contidas são as provas contundentes de que o fator temporal é, inevitavelmente, renovador. Desse modo, por quê sofrer quando há certeza da transitoriedade da vida, mesmo que ela esteja parecendo ameaçadora, brava, bufante. Em momento algum do ano atual estarão perdendo identidade ou vida, ainda que seja muito forte essa sensação. Na realidade, é, exatamente, o oposto. Pela aceitação e vivência plena dos prazeres e dificuldades típicos dessa fase é que se formarão alicerces robustos e valiosos para toda vida. E é essa agitação e reformulação que fazem aparentar que estão se desconhecendo. Porém, é mais do que bom. É útil!!! Afinal, quem duvida da importância de aprender, se aprender, reaprender, se reaprender e, no final do ciclo, se fortalecer??? Saibam que existem estudos científicos correlacionando o exame vestibular com a maturação, principalmente emocional, da qual todo o “nosso resto” se origina.
Queridos vestibulandos e vestibulandas. Desde já, questionem seus medos, pois eles só são tiranos, carrascos e inadministráveis a partir da sucumbência frente ao que alguns utilizam para nosso convencimento e condicionamento. Diferentemente do que possam ter acreditado até então, não sofrerão hiato em suas vidas. Mais do que sempre, agora é hora de reafirmar, de modo adaptado, a expressão famosa da passagem de ano: FELIZ ESTUDO NOVO!!! E, mais uma vez, desde que nasceram para o mundão, repito a questão título desse texto: o que seria não viver? Por isso, BEM VINDO(A) À CONTINUIDADE DE SUA VIDA!!!

 domingo, 22 de fevereiro de 2015